Em 1999 eu era um agnóstico tendente a ateu convicto, até que comecei a receber testemunhos de conversão de amigos meus que eram ateus convictos. "O que aconteceu com eles?", eu me perguntava. Alguns deles eu achava que nunca ia ver acreditando em Deus. Eles me contavam que oravam e estavam sendo atendidos por Deus, que coisas "estranhas demais" estavam acontecendo em suas vidas após orarem. Nada sobrenatural, mas coisas do tipo coincidências estatisticamente improváveis, mas frequentes, e que atendiam às suas orações.
Eu achava que poderia ser placebo ou até mesmo o poder da mente, até que eu resolvi fazer a experiência. Em 3/11/99, meu primeiro dia de trabalho em um prédio longe do centro de Campinas, precisaria sair do prédio e, em meia hora, estar no dentista, no centro da cidade. Esperar o ônibus não me permitiria isso. Então fiz uma oração humilde. Eu queria, na verdade, testar o poder da mente, mas naquele momento eu me dirigi a Deus. Expliquei-lhe o problema e pedi-lhe uma solução. E saí do prédio. Achei que ia acontecer alguma coisa, pois com meus amigos acontecia. Cheguei à portaria, sem saber o que fazer, e eis que me pára um carro, dirigido por um colega de faculdade que eu não sabia que trabalhava lá, e me ofereceu carona. Sem saber se ia para o mesmo canto da cidade, aceitei. No fim, ele morava num bairro próximo do meu destino e me deixou na rua do dentista. Caminhei a pé uns 2km e ainda precisei esperar para ser atendido. É difícil explicar aqui, mas aquilo, para mim, foi incrível!
Fiz mais experiências. Quando eu orava a Deus, era atendido. Quando me dirigia ao "poder da mente", não era.
E não podia ser mesmo o poder da minha mente, pois dependia de coisas que não estavam ao alcance da minha mente. No caso da carona, por exemplo, havia o colega que eu não sabia que trabalhava lá, eu não sabia que ele tinha carro, eu não sabia onde ele morava; menos ainda a minha mente poderia providenciar o encontro na hora e lugar exatos.
Eu pensei em inventar uma explicação científica quântica complexa, mas por que complicar, se me era tão mais simples aceitar Deus?... E aceitei, e o modo como via o mundo mudou muito. E vivi coisas muito melhores depois disso.
Vi que Deus não só existe, como também "funciona": ele interefere no mundo para intervir em resposta às nossas orações. "Tudo o que com fé perdirdes em oração, recebereis" (Mt 21,22).
Estas são experiências pessoais. Para mim (somente para mim) soam como científicas, pois posso repeti-las e ver as consequências de variar os parâmetros da oração. "Coincidências estatisticamente improváveis" foi um modo "científico" de me conquistar. Hoje não posso duvidar de Sua existência; seria negar a mim mesmo, ao que já vivi e à Ciência em que acredito.
Na época eu tinha muitas dúvidas, argumentos contra Deus, etc. Muitas dúvidas foram resolvidas; outras simplesmente perderam a importância. Não existe argumento contra a experiência vivida. (Não adianta tentar provar que não existem morangos azuis a alguém que viu um morango azul.)
Se você ainda não conhece a Deus, talvez um dia você o encontre. Não o "deus castigador e mau" que pintam por aí, não um deus-placebo, imaginação coletiva da mente humana. Mas um Deus que saberá te conquistar do jeito que você é, com as crenças que você tem, e de um jeito que você não vai querer negar. E quando isso acontecer, todo o resto perderá a importância.