Hoje sonhei que estava vendo um episódio de
MacGyver e um jovem aprendiz desconhecido numa aventura de sobrevivência na neve. É lógico que eu estava dentro do episódio, assistindo bem "de perto". Era o clássico clichê do mestre que diz como as coisas devem ser e impõe limites, e o jovem, querendo mostrar serviço ou provar que é melhor do que o mestre pensa, desobedece e se dá mal. Antes que pensem alguma coisa, eu não era esse jovem. Ele era desconhecido, mesmo. Eu só estava assistindo e, de vez em quando, dava uma ajudinha.
Os dois estavam numa missão e precisavam viajar pela neve, e para passar a noite MacGyver encontrou uma caverna apropriada. Eles estavam com muito frio, e MacGyver estava meio ferido. Havia uma coisa que ele precisava fazer, mas não estava em condições. O jovem precisaria fazer. Consistia em sair lá fora e pegar alguma coisa (talvez lenha). Mas ele precisava ir com equipamento de segurança, proteção contra a neve; isso estava bem claro. Com pressa e inseguro, o aprendiz não colocou todo o equipamento, ou não amarrou direito, e embora tenha voltado com o que foi buscar, acabou ficando em situação pior que a do mestre, chegando a desmaiar de frio. MacGyver estava ferido no chão e não podia fazer muita coisa.
Nesse momento o rádio-comunicador chamou pela "Ave-de-Rapina 1" (que era o MacGyver, e o outro obviamente era a "Ave-de-Rapina 2"), para checar o andamento da missão. Como MacGyver não podia se levantar para pegar o rádio-comunicador na mesa (claro, toda boa caverna tem uma boa mesa), eu mesmo peguei e levei até ele. (Há! Com essa ele não contava!) Ele pronunciou alguma coisa no aparelho que eu segurava, mas a base não entendeu, ou fingiu que não entendeu, e declarou, com sensível pesar, que não recebeu resposta, aos que estavam na base. Pude ouvir o choro das mulheres do outro lado, e alguém já falando sobre divisão de bens. "Mas eles estão vivos!", pensei. "Tentem de novo; venham em resgate... ou é de propósito?" Felizmente já estava amanhecendo e a neve em torno dos dois começou a derreter. (Não contei esse detalhe antes porque não havia esse detalhe antes.) Logo estariam bem para prosseguir a missão.
Aí o sonho já começou a tomar outros rumos. A caverna era o grande hall, a sala de jantar da nova e enorme casa onde minha mãe estava morando. A neve fazia parte do jardim de "inverno" (literalmente), e havia um cômodo muito bonito, grande, com paredes e objetos de decoração bege e grandes janelas com insulfilme azul, inclusive no teto. Só havia essas duas cores, isto é, os móveis também deviam ser bege. Os objetos de decoração eram vasos e esculturas feitos com argila naturalmente bege, no mesmo tom. Era bonito de noite, quando as janelas refletiam a luz interna, e de dia, quando a luz externa entrava azulada. Muito legal. O bege estava por toda a casa, era uma característica. Havia muitos convidados à grande mesa do jantar. Minha mãe comentou com meu irmão sobre a cadeira com estofado maior que o normal (tipo banco de carro) e mais baixa, que resolveu seu problema; acho que a única que cabia num lugar onde ele precisaria (talvez um avião). Eu perguntei brincando se ela se referia "à cadeira bege", mas ela falou "aquela cadeira bege" ao mesmo tempo, hehehe. Rimos (minha irmã riu junto). Mas, de fato, as outras cadeiras não tinham o estofado bege, mas com respingos verde e branco; apenas a estrutura metálica era bege.
Este foi o segundo sonho com neve esta semana. O outro foi
visitando um amigo na Antártida.