Alguns ensinamentos de Quem Ama Educa
Esta é uma breve seleção do que achei mais útil para mim (para a idade em que meu filho está) no livro "Quem Ama, Educa!", de Içami Tiba.
É um ótimo livro, mas achei as informações meio espalhadas. Eu esperava uma tabela prática do tipo: "Situação - Como agir - Por quê". Assim eu saberia como educar meu filho em cada situação.
Eis os conselhos que selecionei (resumidos):
- Jogos violentos (filmes violentos, brincadeiras estúpidas etc.) é um tema controverso; a sugestão é adiar o contato da criança com essas coisas o máximo possível, e sempre orientá-la a separar bem a ficção/brincadeira da realidade.
- Usar consequências no lugar de castigos. Ex.: se a criança comeu porcaria antes da refeição, faça com que se sente à mesa mesmo sem fome, mesmo que não coma nada, para a reunião familiar da refeição. Depois, o que não for comido será recolhido, sem chances para depois (a não ser que lave o que sujar).
- Deixe para a criança fazer tudo o que ela puder. Só ajude no que ela não puder. Ex.: arrumar e transportar a mochila, guardar os brinquedos, lição de casa, etc. Os pais podem orientar e ensinar, mas não fazer por eles.
- Ensinar a zelar pelo que é seu: os brinquedos que não forem guardados no tempo determinado terão um destino especial. O autor sugere doar os brinquedos não guardados a crianças necessitadas, com a presença do filho, para que ele entenda que ele não merece ter o que não cuida bem. Eu sou menos radical, e prefiro deixar o brinquedo fora do alcance da criança por uma semana, com tempo maior em caso de reincidência. (Não é todo lar que pode dispor de um brinquedo que custou caro porque a criança errou uma vez.) E nada de abrir exceções; as decisões educativas devem ser firmes e definitivas, para que a criança aprenda a respeitar sua palavra. No caso do brinquedo fora de alcance, significa não ceder até o prazo estipulado, não importa o que a criança faça ou argumente.
- Pedir pra criança dar uma aula, com as próprias palavras, do que ela estudou (na escola ou em casa), diariamente. Isso faz com que a criança aprenda muito melhor, e com mais motivação. Auxiliar, sim, nas disciplinas com dificuldades, mas sem fazer as tarefas por elas. E nada de estudar em véspera de prova; estudo é compromisso diário.
- Celular é para comunicação com os pais. Se a criança/adolescente não atende às ligações dos pais, não merece o celular.
- Quando houver birra, na 1ª tentativa de birra, o pai deve agachar, segurá-la firmemente pelos braços, olhar nos olhos, dizer baixinho e seriamente que não pode fazer birra, levantar e sair do local, decididamente. O autor sugere balançar a criança pra frente e pra trás, de leve, mas eu não acho necessário para meu filho.
- Quando a criança der tapa nos outros (às vezes achando que está agradando), segure-a com firmeza pelos pulsos, olhe nos olhos, diga que não pode fazer isso e ensine-a a fazer carinho e cafuné.
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